A Cacauway participou do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) da ApexBrasil e tem previsão de abrir uma loja nos EUA ainda este ano
Primeira fábrica de chocolate da Amazônia, a Cacauway se sente pronta para entrar no mercado internacional após participar do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), oferecido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
O presidente da Cacauway, Ademir Venturin, conta que o negócio surgiu em 2008, no município de Medicilândia, no Pará, na época em que o ajuste do código florestal determinou a preservação de 80% da propriedade nas áreas de mata nativa.
“Nessa mudança de contexto, nós tínhamos que fortalecer uma atividade na região que pudesse então dar suporte ao fortalecimento da agricultura familiar dentro dessas condicionantes ambientais. Já que o cacau é uma economia já forte no município e como o cacau é floresta e tem toda a dinâmica para o meio ambiente, verticalizar e fortalecer a atividade seria um contexto viável. Então a gente pensou no cacau por conta disso e foi assim que começou a Cacauway.”
Além do aspecto de preservação ambiental, a Cacauway também é um negócio de impacto social, ao promover renda para 40 cooperados da Cooperativa Agroindustrial da Transamazônica (COOPATRANS). São agricultores familiares que produzem cacau de alta qualidade nos municípios paraenses de Medicilândia, Altamira e Uruará.
Segundo Ademir Venturin, hoje a Cacauway produz cerca de meia tonelada de produtos de chocolate por mês, dentre barras, tabletes, trufas, cacau em pó e outros mixes de produtos. O faturamento da empresa chega próximo de R$ 2 milhões por ano.
De olho no mercado internacional
Por ser um chocolate premiado e posicionado junto aos melhores do Brasil, a Cacauway sabe o potencial que tem para concorrer no mercado internacional. Por isso, antes de começar a exportar, a equipe da empresa já se preparou por meio do Programa de Qualificação para Exportação da ApexBrasil.
“A partir desse encontro com a ApexBrasil, a gente conseguiu compreender melhor o modelo, os ajustes que têm que ser feitos para se preparar para exportar. Porque o nosso foco ainda tem sido primeiro no mercado nacional, mas acreditamos muito na possibilidade também de ter um produto que pode conhecer o exterior nos próximos meses”, afirma Ademir Venturin.
A expectativa é que os primeiros passos fora das fronteiras do Brasil sejam dados já nos próximos meses para os Estados Unidos.
“São três mulheres brasileiras, que moram nos Estados Unidos há mais de 20 anos, e elas já visitaram a gente duas vezes. A intenção delas é fazer o nosso produto chegar lá como loja. A gente está trabalhando essa logística do que precisa. Então, junto com a Apex, e com elas interessadas, é possível desenvolver esse projeto de loja nos Estados Unidos para esse ano”, estima o presidente da Cacauway.
Peiex
O Peiex é uma das iniciativas da ApexBrasil para capacitar os empreendedores brasileiros que almejam ingressar no mercado internacional. De 2021 a 2023, o programa treinou mais de cinco mil empresas, das quais 827 faturaram US$ 3,16 bilhões com a exportação.
Por meio do Peiex, os empresários recebem um diagnóstico completo sobre o negócio e um plano de exportação personalizado, com etapas a serem implementadas para que a empresa esteja apta às exportações.
Para outras informações sobre o Peiex, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br.
Fonte: Brasil 61 - https://brasil61.com/n/historias-exportadoras-primeira-fabrica-de-chocolate-da-amazonia-esta-pronta-para-exportar-com-apoio-da-apexbrasil-apex240041
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